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O Fuso Trás os Montes


Em estado ainda precoce, em Pedome, a Roca toma o nome de Fuso. Só mais tarde, quando aberta, se chama Roca.


Quando se encontra uma, costuma-se dizer: "Roquinha roqueiro, apareça o companheiro", pois sabe-se que não existem isoladas! Foi o caso deste Fuso, tinha quatro companheiros e todos com um sabor divinal.
Fica aqui a foto de um dos companheiros.

Armando Sena


Mimos de Outono Trás os Montes




Que tal, estas coisas dão-nos saudades de Pedome. E depois, vêm as  nozes e prova-se o vinho novo, pois a aguardente já deve estar provada.
É assim esta terra que nos deu luz.

Armando Sena

Boletus Edulis e o Crescente Fértil Trás os Montes


Diz-se que o crescente fértil estava localizado, algures, no médio oriente. Não tendo dados para contrapor tal teoria, atrevo-me no entanto a questionar a existência de apenas um.
Pedome brinda-nos com prendas inusitadas que nos fazem apreciar ainda mais a sua natureza generosa. Depois das batatas, o vinho e entre este e as castanhas, sem qualquer cultivo ou trabalhos que não sejam os de os descobrir, os “Niscarros”. E aqui estão eles, os primeiros, dos castanheiros, de seu nome original Boletus Edulis. E que grande que é o prazer de os apanhar, só ultrapassado, eventualmente, pelo de os comer.

Armando Sena


Bastardo (Ruço) Trás os Montes



Quem ler só o título deste post, poderá pensar que o texto se trata de algum filho ilegítimo de um português e alguém de leste. Nada de mais errado. Trata-se apenas de uma casta muito típica por Pedome, o Bastardo Ruço. Uns são filhos, outros enteados e outros bastardos, nesta caso ruço, pois existe também o bastardo legítimo, que é preto. Parece um contrassenso, mas não, as uvas provêm sempre de progenitoras castas, por isso os bastardos são tão legítimos como os outros.
Estas uvas, para além de terem um sabor excelente, são ricas em açúcar, quando maduras, sendo o vinho proveniente delas, de alto teor alcoólico.
Esta está a pedir que a cortem.

Armando Sena

Galacrista Trás os Montes



A definição de galacrista, segundo o dicionário, é a seguinte:

galacrista
s. f.
1. [Botânica]  Planta amarantácea ornamental cuja florescência imita a crista de um galo.
2. Nome de outras plantas.

Para mim, puro ignorante da área da Botânica, este nome, apenas era dado a esta planta, em Pedome. Estava errado.
Ainda para mim, só em Pedome é que se usa(va) as sementes desta planta para limpar os olhos. Provavelmente também estarei enganado, ou não!

Armando Sena

Cores de maio Trás os Montes


Se os olhos enchessem a barriga, estas imagens bastariam para nos saciar a fome de Pedome.
Todas as cores que a natureza permite, com vista para o Torrão.
Exuberância, luxúria ou simplesmente, a beleza de Pedome no mês de maio.



Armando Sena

Potchim Trás os Montes



Era assim, desta forma inexistente em português, que se pronunciava o nome desta planta. Aparece nos meses de fevereiro nas zonas mais húmidas, especialmente em muros sombrios. Como o aparecimento do tempo mais quente e seco, desaparece.
Presumo que este nome popular esteja conotado com a sua forma, fazendo lembra um instrumento musical (prato), o qual, produz um som semelhante. Potchim será então uma onomatopeia.
As coisas que os pedomenses já sabiam!

Armando Sena

Cardielas Trás os Montes


Este ano, não se sabe porque carga de água, ou falta dela, as cardielas vieram mais tarde.
De tal forma tarde, que ainda as há nesta altura.
E, como vale mais, tarde que nunca, vieram em quantidades que já não se usam.
Foi um fartote.

Armando Sena

As Rabas Trás os Montes


Em Pedome e muitos outros locais por Trás-os-Montes, come-se um tubérculo, que não se vê por mais quase nenhuma região do país e é praticamente desconhecido.
As rabas, como por lá são conhecidas, está assim, entre o nabo e a beterraba, tem um sabor único e é excelente, especialmente nesta altura do ano a acompanhar um bacalhau cozido com as batatas transmontanas, elas que deviam ser também certificadas.
É fácil entender o porquê dos transmontanos gostarem tanto de batatas cozidas e tanta a gente fora de Trás-os-Montes, as detestar.
Experimentem e digam-me se é ou não verdade.

Armando Sena

O Burro Trás os Montes


Um burro, dos que persistem em existir, que ainda não se refugiaram na Assembleia da República e, também por isso, dos que ainda são úteis. Muitos houve em Trás-os-Montes e em Pedome também, mas estes, os de quatro patas, tendem a desaparecer.

Armando Sena

Castanhas Trás os Montes


Já começam a cair, misturando as estações do ano de uma forma a que não se estava habituado há alguns anos atrás.
As primeiras castanhas vêm no fim de setembro, às vezes com temperaturas ainda acima dos trinta graus. A visão da castanha como um fruto de outono, associada a chuva e tempo fresco tem tendência a alterar-se. Mas, mesmo assim, continua a ser uma actividade bucólica embora que "espinhosa".
E, no oásis que é Pedome, consegue-se ter vinho e castanhas nos mesmos terrenos. Brevemente haverá também azeite.

Armando Sena

Trio improvável Trás os Montes


Lá se diz por Pedome: "Do cerejo ao castanho, bem me amanho. Do castanho ao cerejo, mal me vejo".
Comprova-se de facto que as castanhas encerram o tempo da generosidade. É certo que depois virão os nabos, os dióspiros e as matanças, mas nada fará esquecer a abundância de setembro, com a diversidade e a quantidade de colheitas.
Fecha-se este ciclo com a amostra deste trio, improvável pela coincidência, mas real.

Armando Sena

Alfaces Trás os Montes


Vendo bem as coisas, todo o ano é tempo de colheitas.
Quando no fim do verão se diz que acaba o tempo das colheitas, vêm as castanhas, depois os nabos, os níscaros, os dióspiros e por aí fora.
Até nos longos e antes, de fome, dias de maio, se colhe alguma coisa, nem que seja alfaces e labrestos para os coelhos.
Mas há colheitas que enaltecem quem as concretizou.
Esta alface, pela beleza e especialmente pela dimensão, devem deixar orgulhosos os que a cultivaram.
Pois, a eles, os parabéns.

Armando Sena

Estourotes Trás os Montes


Longe vão os tempos em que as brincadeiras eram feitas de brinquedos naturais, que a própria natureza tratava de nos presentear e cuja variedade era infinita, regida apenas pelas leis da sazonalidade.
Os estourotes são disso exemplo. Eram o brinquedo do fim da primavera.
Ruidosos e exuberantes!

Armando Sena

Relógios de outrora Trás os Montes


Há uns anos, sem a oferta actual de relógios eletrónicos e lojas chinesas, havia estas plantas que preparadas por quem sabia, criavam um efeito enrolado muito semelhante aos ponteiros de um relógio.
Embora a fotografia não esteja famosa, pode ver-se em segundo plano os ditos ponteiros, em conjuntos de quatro. Divididos começam a enrolar. Engraçado.

Contribuidor Armando Sena

O Nabo e o Dióspiro Trás os Montes



O contraste de um fruto resistente, que se consegue aguentar até ao tempo do frio mais agreste das geadas, merece só por si, a nossa consideração. As nabiças e os nabos, esses, verdadeiros campeões do frio, são o exemplo da resistência.
Nesta altura em que sobra gordura, tempo de alheiras, linguiças e outros petiscos que tal, o contraste do verde dá-nos o contra-ponto.
Ia bem um molhinho de grelos a acompanhar o fumeiro?

Contribuidor Armando Sena

Visitantes Trás os Montes



Estes exemplares, tão bem dotados, não são de Pedome, estavam de visita. E, com o maior à vontade, desde lameiros, vinhas, hortas, seja o que for, aqui vai disto.
É tudo nosso.
Valham-lhe os ornamentos, que eles não têm culpa.

Castanha Trás os Montes


Mesmo suspeito como sou, atrevo-me a dizer que Pedome é uma terra bafejada pela sorte, senão veja-se.
Ainda nem acabou o tempo das uvas, embora já haja mosto de qualidade e não é que já se apanham as castanhas? Grandes, bonitas e em quantidade.
Pelo meio os marmelos, que também é fruta de se deitar a mão com agrado. E este ano estão avantajados, tamanho XL.
E, como o tempo anda completamente aluado, ainda se apanham os últimos tomates, que nesta altura já estão bem coloridos e com tendência para o descaído, fruto do avançado da estação.

As atrocidades Trás os Montes


Esta planta é conhecida em Pedome por Cássimo. O nome correcto não será este com certeza, mas a função por lá, pelo menos no passado, era só uma: matar.
As sementes secas, desfeitas na água presa do ribeiro, permitiam atordoar os peixes, deixando-os a boiar à tona da água permitindo que se apanhassem à mão. Este violento método, apesar de eficaz, matava os grandes os pequenos e tudo o que se mexesse.
Embora em pequena escala, reconheço que já fui um criminoso ambiental. As minhas sinceras desculpas.

Codesco Trás os Montes

Confesso que apenas conhecia esta palavra de uma das quadras dos reis, na qual aparecia a folhinha do codesco. No decorrer de um passeio um pouco atribulado, eis que nos deparámos com este arbusto que foi de imediato identificado pelos especialistas presentes, como sendo tão venerável exemplar da espécie. Pois aqui fica o codesco para que se torne ainda mais popular do que a quadra cantada na altura dos reis já a tinha tornado.
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