Antigo concelho Monforte de Rio Livre constituído pelas seguintes freguesias : Águas Frias, Aguieiras, Alvarelhos, Avelelas, Barreiros, Bobadela, Bouça do Nunes, Bouçoais, Casas de Monforte, Cimo de Vila da Castanheira, Curral de Vacas, Fiães, Fornos do Pinhal, Lama de Ouriço, Lebução, Mairos, Nozelos, Oucidres, Paradela, Roriz, Sanfins, Santa Valha, São Vicente, Sonim, Tinhela, Travancas, Tronco, Vilartão
Memória Trás os Montes
Tantas vezes referido neste blog e certamente na memória de todos, fica aqui uma bela foto de um dos heróis locais acompanhado dos pais.
Onde estejas, a justa homenagem ao Manuel Teixeira (Xoino).
Óptima foto. Apetece-me, porém, falar deste local. Alguem o identifica? Parece-me que é onde hoje se situa a casa da Preciosa. Era a antiga casa do Xisto, entrada de baixo. Aqui, por esta porta, entrava-se para a adega do tio Justino. Por aqui se comeram saborosas bolas de queijo, acabadinas de comprar sempre que o Tio Justino recebia algum dinheiro. Era local de convívio e de boa disposição. Nesse largo, local de passagem das sestas, vivia também a família dos Coelhos, Tia Laurinda e claro, os da fotografia. Mais tarde apareceu o Tio Ladário.
ResponderEliminarO Manel(o nome dito com voz esganiçada) e o pai, o Prua, foram os nossos últimos moleiros e, provavelmente, os últimos moleiros de Pedome.
ResponderEliminarLembro-me das vezes sem conta que passava pelo moínho e alterava o mecanismo, o que provocava uma saída mais rápida do cereal. Ao mesmo tempo desconsertava, também, o moleiro.
Dias depois, o Manel, aparecia em nossa casa, aflito:
Srº Manuelzinho, andam as bruxas no moínho, queixava-se.
O meu pai olhava para mim, sorrindo, e para a minha sobrinha, Gló, companheira nestas tropelias.
Não sou anónima, nem queria ser.
ResponderEliminarSou a Graça Gomes de Lebução, autora das «bruxarias» no moínho.
Era neste local, mais propriamente na rua, que nas tardes de verão, descansava “ Tio Ladario” , que por infelicidade, ou pela falta de televisão da época, ou até mesmo pela falta de ocupação de dois meliantes, passava um suplicio medonho. Pois as duas pestes, tinham como principal diversão ser um atazanar a vida ao dito senhor. Enquanto este dormia descansadamente, sorrateiramente e aproveitando a radiação solar e o fundo de uma garrafa de vidro, queimavam-lhe as orelhas… pobre coitado. Logo se ouvia “… O xanta olhe que eu mato-o, olhe que eu mato esse maldito …” Lá lhe atirava com uma pedrita, por vezes a coisa ficava mais arriscada e rebolava-lhes com a machada, mas os dois meliantes saião sempre ilesos.
ResponderEliminarRealmente, agora que me recordo, o Ti ladário, negociava em gado. Queres ver que essa mula manca ainda guarda resquícios dos pobres bichos. Degenerada, concerteza, pois que o ti Ladário era conhecedor do ofício e não se metia com "manquices". E como é que uma mula, aínda por cima, manca, traz aqui o que ouviu dizer, histórias sem fundamnto. As mulas, na altura eram outras, que não mancas. Realmente pouco resta. Até de mulas só, já mancas.
ResponderEliminarEste F.Dias é o verdadeiro artista!
ResponderEliminarHistorias sem fundamento?
Falar do que ouviu?
Vê-se mesmo que este “Artolas” deve ter mais conhecimento de causa dos factos aqui relatados. Não porque eu os desconheça, porque esses foram muito falados nas sombras e lareiras da época, mas sim porque não estive envolvido neles como o dito “Artista”.
Pelo discurso comprometedor, cheira-me que um dos velhacos seria este “F. Dias” talvez dai surja o nome , ou o trocadilho talvez.
Não será este um descendente desses ditos animais …
Talvez o “Ti Ladario” lhe tivesse deixado o animal, ou os Genes, como herança!
Já agora, se não corres mais um bocadinho quem ficava a mancar eras tu pois a machada passou-te perto.
O Ti Ladario será sempre Lembrado como uma figura carismática da Mui Bela aldeia de Pedome.
Como Diria O “Internauta” BIBA PEDOME